domingo, 26 de abril de 2009

O Travesti e os Religiosos

Era uma vez um garçom que, depois de uma noite de trabalho, voltava para a sua casa com o pouco dinheiro que havia recebido como gorjetas para sustentar a sua família. Eram quatro horas da madrugada, as ruas estavam vazias e escuras. Valendo-se da escuridão, dois ladrões atacaram o garçom e, além de roubarem o seu dinheiro, bateram nele, deixando-o como morto na calçada. O tempo passou. O sol anunciou a manhã. passava por aquela rua, no seu carro, um sacerdote que se dirigia à igreja para celebrar a primeira missa. Vendo o homem caído, ele se lamentou e disse: "Se não fosse pela missa, eu pararia para ajudá-lo". Rezou Padre-Nosso e uma Ave-Maria em intenção do ferido e foi cumprir suas obrigações religiosas. Logo depois passava por aquela mesma rua, no seu carro, um pastor evangélico que se dirigia para a sua igreja a fim de dirigir uma reunião de oração. Ao ver o ferido, ele perguntou: "Meu Deus, que terá feito esse homem para que o Diabo assim o castigasse?" Premido por suas obrigações religiosas ele de longe executou gestos de exorcismo e continuou na direção da sua igreja. Levantado o sol, manhã clara, passava por ali um travesti, em sua lambreta, vindo de uma noite de farras. Ao ver o homem caído, o seu coração se comoveu. Parou, colocou o homem na garupa  levou-o a um hospital. Lá, tirou de seu bolso todo o dinheiro que tinha e disse: "Para pagar os gastos que houver..." e desapareceu antes que a polícia chegasse.

- Desses três qual foi aquele que cumpriu o mandamento do amor?

Todos ficaram em silêncio por saberem a resposta. Mas os religiosos não gostaram...

(ALVES, R. Perguntaram-me se acredito em Deus)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Pensando alto

Ninguém faz grandes sacrifícios nos amores efêmeros. Esse é o grande problema do ficar. Deus nos mostra que o Amor anda do lado da entrega total, do sacrifício se necessário. 
Você se sacrificaria por quem “amou” durante algumas horas... dias, meses quem sabe?
 O Amor verdadeiro deve ser inundado de tudo aquilo que procuramos evitar no “ficar”, Ele é cheio de verdade, de espinhos, de dores... em troca dá aquele(a) que mergulha em sua essência, na entrega total ao outro(a)  a sensação de um “sentir divino”, onde se tem a sensação de que tudo está ao seu alcance, tudo posso no Amor que me fortalece!
 Relacionamentos passageiros oferecem esse tipo de sentimeto? 
Alcançar o lugar desejado (ao lado de uma pessoa quem sabe) não é a etapa mais difícil dentro da teia sistêmica da vida, complicado mesmo é manter-se lá! A entrega exige de nós, enquanto seres humanos, lutar contra nossas próprias paixões. “É preciso estar preso por vontade”.
 Estou louco... vivo no século da “liberdade”, a geração “sexo livre” para nós já é passado, somos mais evoluídos... nossas crianças conhecem o sexo mesmo antes de aprender a ler (maravilhas da internet), os adolescentes tem mais “ficantes” que amigos. “O absurdo hoje em dia se tornou o casual”.
 Estou louco, quero viver no passado? Sou retrógrado?
 Completamente louco... que a minha vida seja a contradição da realidade que me é imposta. Que a busca das consciências banhadas por esse raciocínio se inicie. Que os corações que buscam a experiência do Amor duradouro se encontrem em cada esquina. Que eu possa comprovar minhas teorias com meu próprio sangue, suor e entrega.
 (Pra você... mesmo antes de te conhecer)