segunda-feira, 4 de abril de 2011

“Não importa o que fizeram de ti. Importa o que você faz do que fizeram de ti.” (Sartre)


Alguns pensadores afirmam: as estruturas nos prendem. Somos escravos do sistema. No entanto, Sartre nos dá uma luz para um pensar diferente. Por mais que estejamos presos – até certo ponto – às grades do sistema, ainda assim, a última palavra é a nossa. Por mais que as estruturas nos moldem de acordo com suas necessidades, ainda assim, a responsabilidade de “ser ou não ser” está em nossas mãos. Reflito o pensar de Sartre – “não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você" – talvez, pudéssemos tencionar o raciocínio: não importa em que classe social você nasceu, ou o que você aprendeu ou deixou de aprender na escola, não interessa se você está inserido no meio de marxistas ou anarquistas. Você é você? Ou você é o que fizeram você ser? “Não importa o que fizeram de ti. Importa o que você faz, do que fizeram de ti.” O ser humano é um ser pensante, simbólico, por isso livre. A razão é o que comanda nossa vida, é o deus, é a força que nos move. A ordem da vida não se apreende através dos sentidos, somente através de nosso juízo. Assim, “o juízo é o poder central do homem, (...) pois é a única coisa em que o homem depende inteiramente de si mesmo; o juízo é livre, autônomo e auto-suficiente” (E. Cassirer).


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